quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Para a dor: tome poesia

"Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia."

Fernando Pessoa

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

terça-feira, 17 de abril de 2012

fragmentos da aula de Direito Constitucional

O atual texto constitucional brasileiro pode ser percebido como a Lei Suprema do Estado, dando validade a todo o Ordenamento Jurídico, fruto da vontade do povo, a qual se manifesta através da Assembleia Constituinte e é motivada pela necessidade concreta de organização sociológica, política, econômica e cultural, de forma a atender aos anseios da comunidade e frear uma ação estatal contra os direitos da humanidade.


Constituições Federais Brasileiras:

  • 1824 - OUTORGADA - monarquia, autocracia, voto censitário (exigia capacidade econômica) e proibição de modificação por 4 anos após a origem;
  • 1891 - PROMULGADA - república, federação, democracia, presidencialismo e Brasil como Estado laico;
  • 1934 - PROMULGADA - primeira a tratar de diretos sociais (inclusive o voto feminino, de pobres e negros), voto direto, secreto e universal;
  • 1937 - OUTORGADA - acabou com a democracia, com as liberdades individuais e o poder eleitoral (Ditadura Vargas);
  • 1946 - PROMULGADA - restabeleceu a democracia e as liberdades individuais. A justiça eleitoral voltou a atuar e teve suas competências ampliadas;
  • 1967 - OUTORGADA - perda das liberdades individuais, com censura em vários campos, exceto o religioso (Ditadura Militar) 
  • 1969 - alguns assumem essa como uma nova constituição e outros, como uma enorme emenda constitucional;
  • 1988 - Conhecida como Constituição Cidadã, por conta do modelo de democracia participativa ou semi-direta. O voto direto, secreto, universal e periódico tornou-se cláusula pétrea. Está fundamentada nos direitos humanos. 

sábado, 24 de março de 2012

o encontro

Quando o vi pela primeira vez, ele me ignorou. Desviou o olhar e seguiu entretido com seus companheiros, em um parlatório animado e incompreensível. 

Perguntei sobre ele aos que estavam ali e me contaram histórias de dores e tristezas. Especulações sobre a origem de seu comportamento, pois as marcas em seu corpo serviam como pistas vagas demais.


Sua postura sugeria maturidade, apesar de ainda ser muito jovem. Havia aprimorado sua sabedoria instintiva na escola da vida. Provavelmente cursou um intensivão. Certamente era doutor em vida dura. O Doutor!


Ao me aproximar, fui minuciosamente avaliada por ele. Permitiu um contato físico propriamente dito: um abraço. Depois, um olhar. A lambida veio só para confirmar: havíamos nos encontrado!








segunda-feira, 19 de março de 2012